Que países
emergentes, dado o crescimento do produto por trabalhador que apresentaram, no período 1970 - 2018, devem se juntar, no longo prazo,
ao grupo de países desenvolvidos?
Esta pergunta é respondida no relatório Global
Productivity –Trends, Drivers and Policies, recém-publicado pelo
Banco Mundial.
Um exercício utilizando dados para 98 países e a metodologia de clubes de convergência
identificou 16 países emergentes em trânsito para o clube de países ricos:
. 2 países da América Latina: Chile e Panamá
. 5 países europeus, todos
ex-comunistas: Albânia, Bulgária, Romênia, Hungria e Polônia
. 2 países do Oriente Médio:
Turquia e Iraque
. 2 países do Sul da Ásia:
Índia e Sri Lanka
. 5 países do Sudeste
Asiático: China, Vietnam, Tailândia, Mianmar e Malásia
Estas 16 economias emergentes com maior probabilidade de se incorporar ao grupo de economias desenvolvidas se caracterizam, em geral, por níveis iniciais de educação mais elevados, por governos mais efetivos, de acordo com os Indicadores Internacionais de Governança do Banco Mundial, e por maior complexidade, medida pelo índice de Hausmann-Hidalgo, relativamente às demais economias não desenvolvidas.
O Brasil integra um segundo
clube de convergência, formado por 31 países, dentre eles Argentina, México,
Angola, Moçambique, África do Sul, Nigéria, Marrocos, Argélia, Egito, Irã,
Bangladesh, Indonésia e Filipinas.
Três outros
clubes de convergência, de acordo com os resultados deste exercício, reúnem 21 países em que a produtividade do trabalho tende a permanecer muito baixa.
Os clubes de convergência identificados não implicam necessariamente eliminação completa das diferenças no nível de produto por trabalhador entre os países que os integram, o que seria, segundo os autores do relatório, uma condição muio estrita, que não é satisfeita nem pelas economias classificadas atualmente como desenvolvidas. Entretanto, tal como aconteceu com as economias desenvolvidas nos últimos 50 anos, se pode esperar, em cada clube de convergência, uma redução considerável das diferenças de produtividade, ao longo do tempo, com apenas diferenças menores, ainda que persistentes, tendendo a subsistir.