24.11.07

História da desigualdade

A desigualdade de renda e de expectativa de vida é um resultado da Revolução Industrial ou o grau de desigualdade nas sociedades pré-industriais era similar ao que se verifica nas sociedades modernas?

Em princípio, se esperaria encontrar mais desigualdade nas sociedades modernas porque a renda pode ser mais concentrada em sociedades mais ricas sem levar os pobres à morte por inanição.

Esta questão foi examinada por Branko Milanovic, Peter Lindert e Jeffrey Williamson em um NBER Working Paper publicado em outubro.

Os resultados reportados no artigo são resumidos na coluna The Undercover Economist, postada hoje em Slate.

18.11.07

Efeitos da pena de morte

A evidência econométrica recente relativa aos efeitos da aplicação da pena de morte sobre o número e a taxa de homicídios nos Estados Unidos é discutida em artigo publicado na edição de hoje do New York Times.

16.11.07

Entrevista com Paul Romer

Paul Romer conversa sobre crescimento econômico com Russel Roberts, nesta entrevista para The Library of Economics and History. Para ouvir o podcast da entrevista, use este link.

4.11.07

Crescimento (falta de) - competitividade (III)

O Brasil aparece na 72ª colocação no ranking de 131 países do Relatório Global de Competitividade, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial.

A lista é liderada pelos EUA, Suíça e Dinamarca. O Brasil ficou atrás de vários países latino-americanos - Chile (26ª), México (52ª) e Colômbia (69ª) - e emergentes - China (34ª), Índia (48ª) e Turquia (53ª colocação).

A competitividade brasileira continua a ser prejudicada por juros altos, elevada carga tributária, gasto público ineficiente, burocracia excessiva, deficiências na infra-estrutura e na educação e falta de confiança nas instituições públicas, seja pela corrupção, seja pela morosidade.

Estudo de caso para alunos de microeconomia - incidência dos impostos

Da coluna de José Alexandre Scheinkman, na edição de hoje da Folha de São Paulo:

"Li com grande surpresa que o ministro da Fazenda declarou que 80% ou 90% dos brasileiros não pagarão a CPMF. Afinal, desde o século 18, os economistas entendem que há uma diferença entre quem entrega o imposto devido ao fisco e quem efetivamente arca com o custo do tributo. Há uma extensa literatura que avalia o impacto de impostos no aumento dos preços pagos pelos consumidores, na queda dos salários dos trabalhadores ou na diminuição do rendimento de outros fatores de produção. Um exemplo interessante é a contribuição previdenciária nos Estados Unidos, que é, em princípio, dividida igualmente entre empregado e empregador. Estudos empíricos demonstram, no entanto, que a parcela das empresas é na realidade paga em boa parte pelos trabalhadores, na forma de salários mais baixos. Não conheço trabalhos sobre a verdadeira incidência da CPMF no Brasil, mas como muitos outros impostos indiretos, é provável que ela incida sobre todas as faixas de renda".


Scheinkman sugere a respeito a leitura do artigo "Tax Incidence", de Don Fullerton e Gilbert Metcalf, que está disponível na serie de working papers da NBER.

O ministro Mantega pode, entretanto, encontrar uma exposição bem mais acessível deste tema no manual de Introdução à Economia de N. Gregory Mankiw - capítulo 6, páginas 124-130 - tradução da 3a. edição americana.

O problema da incidência dos impostos é bem conhecido dos alunos de Economia I, sempre que teoria econômica é, de fato, ensinada nesta disciplina, o que no Brasil, como se sabe e a desinformação do ministro economista ilustra, não acontece necessariamente.