30.3.08

Taxa de investimento no Brasil - 1990 / 2007

Fonte: Valor Econômico, 26 de março de 2008.

A era de Friedman?

Em artigo publicado em fevereiro, Andrei Shleifer reuniu informações sobre renda per capita, pobreza, mortalidade infantil, expectativa de vida, escolaridade e democracia, para mostrar que os anos 1980 - 2005 foram um um período de "notável progresso para a humanidade".

Para Shleifer, este progresso resultou da adoção de políticas liberais por um grande número de países, a partir de 1980, de modo que seria apropriado designar o último quarto de século como a "era de Friedman".

Dani Rodrik acha que esta é uma visão que "mais confunde do que esclarece".

Para Bradford DeLong, "enquanto o movimento em direção a Friedman na geração passada foi, em uma larga medida, positivo, os ganhos a obter de movimentos futuros nessa direção são bem menos garantidos".

Altruísmo (II)

Entender os determinantes do comportamento altruísta nos seres humanos é de óbvia importância para os economistas, tendo em vista que tal comportamento parece ser inconsistente com a hipótese de que o homo economicus é um maximizador racional.

Em artigo recentemente publicado em The New York Times, Steven Pinker apresentou as melhores explicações disponíveis.

23.3.08

Absorção doméstica e taxa de juros



(Uma análise desta questão, baseada em dados para o período 2002-2018, pode ser encontrada aqui).

O gráfico acima, extraído da coluna de Cristiano Romero, publicada no Valor Econômico de 19 de março, mostra a relação entre a taxa SELIC real e a variação percentual da absorção doméstica (consumo, investimento e gastos públicos), nos últimos cinco anos.

A evidência sugere que, "quando o juro real é alto, a absorção doméstica cresce pouco; quando o juro real é baixo, a absorção cresce muito".

Se a absorção doméstica cresce mais rápido do que o PIB, como acontece atualmente na economia brasileira, a inflação aumenta e/ou o saldo em transações correntes se reduz. Para evitar isso, o manual de macroeconomia recomenda um aumento do superavit fiscal e/ou um aumento da taxa de juros.

Como o ajuste fiscal não parece ser uma alternativa aceitável para o governo, o Banco Central deve aumentar, no futuro próximo, a taxa SELIC.

16.3.08

Tipos de crises financeiras e sua cura

Em Three Cures for Three Crises, Bradford DeLong expõe a diferença entre crises de liquidez e de solvência e o que deve ser feito para enfrentá-las.

Está claro, a esta altura, que a crise financeira americana corresponde ao terceiro tipo descrito por DeLong - uma grave crise de insolvência, que só pode ser resolvida através do uso de recursos públicos para resgatar as instituições financeiras falidas e/ou pela inflação.

Greenspan (se) explica (I)

Três explicações têm sido sugeridas para a atual crise do sistema financeiro americano - instabilidade intrínseca do sistema financeiro (à la Minsky), erros na condução da política monetária pelo banco central e excesso de poupança na economia mundial.

Alan Greenspan contou sua própria versão da história, basicamente coincidente com a hipótese do "excesso de poupança", em artigo publicado em The Wall Street Journal, em dezembro de 2007.

9.3.08

Altruísmo (I)

A noção de altruísmo parece ser, em princípio, incompatível tanto com a teoria darwinista da seleção natural como com a teoria econômica.

Neste artigo, também publicado hoje no NYT, Jim Holt, entre outros argumentos, mostra que pode, entretanto, ser "racional" para genes e agentes econômicos "egoístas" se comportar de maneira altruísta.

Renda per capita e felicidade (I)

Renda per capita mais alta não traz mais felicidade? Robert Frank resume o debate a respeito, em artigo na edição de hoje de The New York Times.