Qual a taxa de crescimento do PIB potencial no Brasil?
Na
Carta do IBRE, publicada na revista Conjuntura Econômica - edição de outubro de 2007, dois cenários extremos são propostos para responder a esta pergunta.
No cenário otimista, supôs-se que a formação bruta de capital fixo continuaria a se expandir à taxa atual de 8% a.a. e que a produtividade total dos fatores cresceria à taxa de 1% a.a. Neste caso, o crescimento do PIB potencial seria de 4,6% em 2008 e chegaria a 5,4% em 2015.
No cenário pessimista, a formação bruta de capital fixo permaneceria constante como proporção do PIB (ou seja, nos atuais 17%) e a produtividade total dos fatores não cresceria. Sob estas hipóteses, a taxa de crescimento do PIB potencial se manteria em torno de 3,5%, de 2008 a 2015.
Cenários intermediários também considerados no artigo sugerem, por sua vez, uma taxa de expansão do PIB potencial entre 4% e 5% a.a. nos próximos 8 anos.
De acordo com a Carta do IBRE, para alcançar a taxa de crescimento superior a 5% que corresponde ao cenário otimista, seria necessário melhorar o ambiente de negócios, reduzir o gasto público e a carga tributária, reavaliar alguns programas sociais (presume-se que principalmente a política previdenciária) e aumentar a qualidade da educação.
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Sérgio Werlang, em artigo publicado no Valor Econômico - edição de 19 de outubro, mencionou pesquisa do Banco Itaú, segundo a qual a tendência de expansão do PIB teria passado de 1,9%, entre 1996 e 2002, para 3,9%, a partir do final de 2002.
A estimativa do IPEA, que foi objeto desta
postagem de junho, é de 3,8%.
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Há, portanto, uma clara convergência para 4% como o valor mais provável da taxa de crescimento do PIB potencial.