O Índice de Capital Humano (ICH), estimado pelo Human Capital Project, uma iniciativa do Banco
Mundial, pretende medir o nível de capital humano “que uma criança nascida hoje
pode esperar alcançar, na idade de 18 anos, dados os riscos de saúde e educação
deficientes que prevalecem no país em que ela nasceu”.
O índice possui três componentes:
Sobrevivência = 1 – taxa de mortalidade abaixo de 5 anos.
Escolarização = número de anos de escola que uma criança pode esperar ter
cursado, ao alcançar a idade de 18 anos, dado o padrão prevalecente de taxas de
matrícula, ajustado por um indicador de qualidade da educação (aprendizado).
Saúde = percentagem das pessoas com 15 anos de idade que sobrevivem até a
idade de 60 anos; 1 – percentagem de crianças de menos de 5 anos de idade que
estão abaixo da altura normal para a idade.
Estes componentes do ICH são combinados em um índice único, depois de
estimados os impactos sobre a produtividade de cada um deles. O índice “é
medido em unidades de produtividade com relação a um benchmark que
corresponde à educação completa e saúde plena”, sendo 1 o seu valor máximo..
O valor do ICH brasileiro é de 0,56, o que
significa que “uma criança nascida no Brasil hoje será, quando crescer, apenas
56% tão produtiva quanto poderia ser, se tivesse educação completa e saúde
plena”.
Este valor do ICH situa o Brasil no 81º lugar entre 157 países e é algo inferior ao que se poderia esperar para um país com o nível de renda per capita brasileiro.
Singapura é o país com maior ICH (0,88), enquanto o Chile (0,67) tem o ICH mais elevado na América Latina e Caribe (0,55). Entre os BRICS, o ICH do Brasil é inferior ao da Rússia (0,73) e China (0,67) e superior ao da Índia (0,44) e da África do Sul (0,41).
Este valor do ICH situa o Brasil no 81º lugar entre 157 países e é algo inferior ao que se poderia esperar para um país com o nível de renda per capita brasileiro.
Singapura é o país com maior ICH (0,88), enquanto o Chile (0,67) tem o ICH mais elevado na América Latina e Caribe (0,55). Entre os BRICS, o ICH do Brasil é inferior ao da Rússia (0,73) e China (0,67) e superior ao da Índia (0,44) e da África do Sul (0,41).
Os valores para o Brasil dos indicadores que entram no cálculo do ICH são:
taxa de sobrevivência até a idade de 5 anos = 99%
taxa de sobrevivência dos adultos = 86%
taxa de crianças com altura normal para a idade = 94%
anos esperados de escolarização ajustados pelo aprendizado = 7,6 anos
A educação completa é definida como 14 anos de escolarização com
aprendizado integral. Portanto, é fundamentalmente o componente educação que
determina o baixo valor do ICH brasileiro.
Considerando que o retorno da educação é de 8% por ano de escolaridade, os 7,6 anos de escolarização ajustada pelo aprendizado reduzem a produtividade do trabalhador brasileiro a apenas 60% da produtividade de um trabalhador com educação completa [(e ^ 0,08*7,6) / (e ^ 0,08*14)] = 0,6].
Considerando que o retorno da educação é de 8% por ano de escolaridade, os 7,6 anos de escolarização ajustada pelo aprendizado reduzem a produtividade do trabalhador brasileiro a apenas 60% da produtividade de um trabalhador com educação completa [(e ^ 0,08*7,6) / (e ^ 0,08*14)] = 0,6].
Se o trabalhador brasileiro possuísse educação completa, o ICH do Brasil
seria de 0,94, tendo em vista que o valor dos outros três indicadores para o
Brasil está relativamente próximo de 100%.