"Ficou claro [com o acidente da TAM] que havia excesso de vôos em Congonhas. Isto ocorreu porque não há sistema de preços para as janelas de pouso e decolagem. Simplesmente as companhias aéreas iam requisitando e obtendo licenças. O que deveria ser feito? As janelas não deveriam ser concedidas livremente, mas ter preço de mercado. Uma das formas possíveis é a ANAC determinar o limite seguro de operação de Congonhas e leiloar estes direitos. Assim, vários problemas seriam resolvidos. Primeiro, passageiros que quisessem o conforto de parar em Congonhas teriam que pagar mais por isso, uma vez que as companhias teriam pago pelos direitos de pouso e decolagem. Segundo, as linhas aéreas não usariam Congonhas para vôos de conexão, a não ser se fossem muito lucrativos - as conexões podem ser feitas em qualquer aeroporto onde haja mais vagas (nos EUA várias cidades não centrais são núcleos de conexão)".
6.8.07
Estudo de caso para alunos de microeconomia - a tragédia de Congonhas (I)
Em artigo na edição de hoje do Valor Econômico, Sérgio Werlang mostra que o excesso de tráfego aéreo no aeroporto de Congonhas, verificado até recentemente, é um exemplo da "tragédia dos comuns":