- "De 1960 a 1980, a escolaridade média do brasileiro com 25 anos ou mais de idade estagnou em três anos de estudo".
- "Em 1980, só metade dos brasileiros de 15 a 17 anos de idade freqüentava a escola e só 15% estavam na série adequada de ensino".
- "O Brasil vem acordando para esse problema e os resultados aparecem. A escolaridade média da população de 25 anos ou mais subiu 2,4% ao ano em 1981-2005 e, já em 2000, 96% das crianças (7 a 14 anos) e 83% dos jovens (15 a 17 anos) freqüentavam a escola".
- "Apesar desses avanços, o Brasil ainda progride menos do que precisa e do que faz o resto do mundo. Em 1980, os brasileiros tinham, em média, um ano e meio de estudo a menos que a média de México, Malásia e África do Sul; em 2000, essa diferença dobrara".
- "Comparações internacionais mostram a precária qualidade do aprendizado em nossas escolas. No PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) de 2006, que avaliou 400 mil estudantes de 15 anos de idade em 57 países, o Brasil ficou na 50ª posição em leitura, 53ª em ciências e 54ª em matemática".
- "Aumentar o gasto com educação pode ajudar a melhorar esse quadro, mas a falta de recursos não é o problema principal. No Brasil, o setor público gasta cerca de 2,9% do PIB com ensino básico, contra uma média de 3,7% na OCDE. Mais importante, portanto, é elevar a eficiência do gasto".
13.9.08
Crescimento (falta de) - educação (VII)
Informações sobre a situaçao da educação no Brasil, publicadas na coluna de Armando Castelar Pinheiro, na edição do Valor Econômico deste fim de semana:
7.9.08
Crescimento (falta de) - causas, segundo Roubini
"O Brasil está crescendo 4,8% ao ano - o que é, aliás, muito menos do que países como Rússia, Índia e China, que avançam entre 8% e 10%. Acho que a previsão de que o país crescerá entre 3% e 3,5%, em 2009, é muito otimista - eu acredito em 2%. Há sérios impedimentos estruturais ao crescimento que persistem, como a falta de infra-estrutura, falta de uma boa educação para a força de trabalho, tributação excessiva e gastos do governo elevados demais. Em resumo, foram feitas reformas macro e financeiras, agora o país precisa de reformas micro. Não acho que o atual presidente progredirá nessas reformas, vamos ver o próximo" (Nouriel Roubini, Folha de São Paulo - 7 de setembro de 2008).
Crescimento (falta de) - causas, segundo Hausmann
A falta de poupança do governo é o maior obstáculo para o crescimento econômico no Brasil, de acordo com Ricardo Hausmann, em entrevista publicada na edição de Veja de 27 de agosto:
"O principal entrave ao crescimento do país é a falta de poupança do setor público. A origem do problema está nas despesas do governo. O estado deveria gastar menos do que arrecada. Ao fazer isso, a poupança pública aumentaria, deixando espaço disponível para os investimentos privados que poderiam crescer sem pressionar a inflação. O Brasil possui hoje a maior carga tributária entre todos os países emergentes e, mesmo assim, as contas públicas são deficitárias. A boa notícia é que, para alcançar esse objetivo, os gastos públicos não precisam ser cortados drasticamente. Basta que o governo deixe de ampliar suas despesas. Com o passar do tempo, o tamanho delas em relação ao PIB acabará caindo naturalmente. O fato é que o Brasil não conseguiu constituir um estado financeiramente viável, que não se endivide em demasia, que não tribute em excesso e que invista fortemente em infra-estrutura".
O argumento é elaborado neste artigo, preparado por Hausmann para um seminário promovido pelo Centro de Liderança Pública.
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