Bradford DeLong, em artigo no Valor Econômico, propõe a seguinte explicação:
"Os bancos centrais finalmente aprenderam como fazer seu trabalho. Antes de 1985, os bancos centrais mudavam seus objetivos de um ano para outro. Num ano, podiam tentar controlar a inflação, quando no ano anterior haviam buscado reduzir o desemprego; no ano seguinte, podiam tentar baixar os custos do refinanciamento da dívida pública e um ano depois preocupar-se em manter o câmbio em determinado valor preferido pelos dirigentes políticos. Somada aos choques normais que afligem a economia mundial, essa fonte de volatilidade desestabilizadora criou o mundo instável anterior a 1985. Para explicar a 'grande moderação', faríamos bem em apostar na teoria segundo a qual nossos bancos centrais são hoje mais hábeis, têm visão de maior alcance e são menos tendentes a pular de galho em galho na floresta do curto prazo ou a serem empurrados para cá e para lá pelos dirigentes políticos que, imprevisivelmente, mudam os objetivos a serem perseguidos ano após ano".