Greg Mankiw discute a evolução da teoria macroeconômica, desde a publicação da Teoria Geral de Keynes até hoje, num provocativo artigo publicado no Journal of Economic Perspectives.
Os dois principais pontos defendidos por Mankiw neste artigo são:
(1) A divisão dos economistas entre novos clássicos e novos keynesianos não corresponde, no essencial, à divisão política entre direita e esquerda. Numa larga medida, é um cisma entre "cientistas puros" e "engenheiros econômicos". A evidência disso é que tanto Clinton como Bush empregaram economistas novos keynesianos (Fischer, Summers, Stiglitz, Yellen, Bernanke, Mankiw, Taylor) em postos-chave dos respectivos governos, enquanto as lideranças intelectuais dos economistas novos clássicos (Lucas e Prescott, por exemplo) nunca saíram da academia.
(2) Tanto a pesquisa novo-clássica como a novo-keynesina tiveram pouco impacto sobre os macroeconomistas práticos, encarregados da condução das políticas monetária e fiscal, assim como sobre o que é ensinado a respeito de política econômica nos cursos de graduação em economia. Esta pesquisa pode ter sido bem sucedida do ponto de vista "científico" mas não contribuiu significativamente para a "engenharia macroeconômica".