30.4.07

Crescimento (falta de) - intervenção do estado na economia

Da coluna de Armando Castelar Pinheiro, na edição de sexta feira do Valor Econômico:
"A privatização, a abertura comercial, o fim de controles de preços, dos subsídios dados a certas empresas e trabalhadores e das restrições à entrada reduziram a intervenção estatal na economia brasileira. Porém, apesar de significativa, essa redução foi limitada. O Estado brasileiro ainda influencia bastante as decisões de investimento, por meio de estatais como a Petrobras, de tarifas de importação, tributos, regulações e do direcionamento do crédito, inclusive pelos bancos públicos, responsáveis por 37% dos empréstimos do sistema financeiro. Em 1985, o setor público consumia 10,4% do PIB e investia 2,5%; vinte anos depois, consumia 20,1% do PIB e investia 1,6%. Em 1988, as despesas do INSS somavam 2,5% do PIB; em 2006 já chegavam a 7,1% do PIB, com viés de alta. As comparações internacionais mostram que o gasto público no Brasil é dos mais altos entre os emergentes e rivaliza com o dos países desenvolvidos que mais intervêm na economia".