- "Embora a correlação de longo prazo entre inflação e crescimento tenda a ser negativa, o combate à inflação pode acarretar um custo transitório de perda de PIB. Este custo tende a ser maior quanto mais 'atritos' houver no sistema econômico (rigidez salarial, inércia, indexação) e quanto menos favoráveis forem as expectativas de que o combate à inflação será bem-sucedido. À redução acumulada de produto relacionada com a redução de um ponto percentual da inflação dá-se o nome de 'taxa de sacrifício' ".
- "Em estimativa para os Estados Unidos, no período do pós-guerra, Cechetti e Rich concluíram que a taxa de sacrifício poderia variar de 1% a 10% do PIB, mas que nenhuma das estimativas neste intervalo era estatisticamente diferente de zero".
- "Em episódios mais recentes para países da OCDE, Gonçalves e Carvalho estimaram taxas de sacrifício variando de -1,41% (Polônia, 1999-03) a 21,18 % (Bélgica, 1990-98), com uma média de 5,59% para os 39 episódios examinados".
- "Estimando as mesmas taxas para mercados emergentes, Gonçalves e Carvalho encontraram taxas variando de zero (África do Sul, 2002-04) a 6,4% (Malásia, 1998-02). A média, para os 45 episódios analisados, foi de 1,66%. Para o Brasil, no único período examinado, do segundo trimestre de 2003 ao segundo trimestre de 2004, a taxa estimada foi de 0,07%".
12.4.07
Taxa de sacrifício
Cláudio Hadad, na sua coluna do Valor Economico, apresenta algumas estimativas da chamada "taxa de sacrifício" no combate à inflação: