18.1.07

Remédios para a "doença holandesa" (I)

Na sua coluna de hoje no Valor Econômico, Cláudio Hadad mostra como o Brasil pode combater a "doença holandesa", isto é, os efeitos da valorização da taxa de câmbio, trazida pelo aumento dos preços das commodities exportadas pelo país, sobre a competitividade de alguns segmentos da indústria:
  • "No que se refere aos setores que produzem manufaturados não baseados em recursos naturais, o desafio é escapar da simples concorrência por custo, onde será difícil ganhar dos chineses, fazendo com que seus produtos se tornem cada vez mais intensivos em ativos intangíveis. O sucesso internacional das sandálias Havaianas, em um setor particularmente afetado pela concorrência chinesa, é emblemático. Neste caso, a valorização cambial tem pouco impacto na competitividade, que é função principalmente da marca, design, reputação e talento gerencial".
  • "Parte da perda de competitividade sofrida por alguns setores é provocada pelo ambiente econômico vigente no país (carga tributária elevada, leis trabalhistas inflexíveis, informalidade, burocracia e um marco regulatório muitas vezes imprevisível e hostil) e pelos baixos níveis educacionais. Com reformas e com uma ênfase continuada em educação, o país será cada vez mais competitivo, independentemente das vantagens comparativas naturais e herdadas".