Quão apreciada está a taxa de câmbio no Brasil? O gráfico acima, extraído do IPEADATA, oferece algumas pistas.
- A comparação da taxa de câmbio efetiva real* em dezembro de 2006 com dezembro de 2004 mostra uma valorização de 20% nos últimos dois anos.
- Em relação a dezembro de 1998, ou seja, ao período imediatamente anterior ao abandono do regime de câmbio fixo, ainda se observa, porém, uma desvalorização de 26%.
- Com relação à média do período 1999-2000, isto é, o período de câmbio flutuante anterior às crises Argentina e Lula, a valorização é de menos de 8%.
- Por fim, o câmbio efetivo real em dezembro de 2006 estava apenas 1,1% abaixo da média observada nos 27 anos compreendidos entre 1980 e 2006 - o que sugere que a taxa de câmbio se encontra no momento praticamente no seu valor de longo prazo.
* A taxa de câmbio efetiva real é uma medida da competitividade das exportações brasileiras calculada pela média ponderada do índice de paridade do poder de compra dos 16 maiores parceiros comerciais do Brasil. A paridade do poder de compra é definida pelo quociente entre a taxa de câmbio nominal (em R$/unidade de moeda estrangeira) e a relação entre o Indice de Preço por Atacado (IPA) do pais em caso e o Indice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC/IBGE) do Brasil. As ponderações utilizadas são as participações de cada parceiro no total das exportações brasileiras em 2001 (fonte: IPEADATA).