22.2.07

Desconcentração espacial da produção (III)

A coluna de Vinicius Torres Freire, na edição de hoje da Folha de São Paulo, traz informações sobre a evolução do mercado de trabalho no Brasil entre 1992 e 2005, extraídas de trabalho de Lauro Ramos, do IPEA.
  • "O número de ocupados no 'interior urbano' cresceu mais que nas 12 maiores regiões metropolitanas (49% a 41%), naquele período. O emprego industrial cresceu quase só no 'interior urbano' (44%, contra 7% nas metrópoles). A informalidade caiu no interior e subiu nas metrópoles".
  • "Ainda inferior ao metropolitano, o salário no 'interior urbano' cresceu mais rápido - o rendimento médio mensal do trabalho passou de R$ 964, em 1993, para R$ 977, em 2005, nas metropoles, enquanto no interior, subiu de R$ 514 para R$ 611".
  • "Empregos e empresas foram para o interior principalmente para cortar custos: à procura de salários menores, menos sindicatos, menos confusão urbana, instalações mais baratas, descontos de impostos etc. Também, devido à melhora na distribuição de educação".
  • "Qual o estopim da mudança de endereço do emprego? A abertura comercial, uma década depois, promoveu uma redistribuição das empresas mais produtivas pelo país, onda em parte reforçada pelo sucesso do agronegócio".

Outras informações sobre a desconcentração espacial da produção no Brasil podem ser encontradas em duas postagens anteriores - de 11/12/06 e 14/12/06.