"No ponto de partida, a redução na mortalidade infantil produz um baby boom e, assim, mais adiante, leva a uma coorte maior de pessoas em idade de trabalhar. A redução subsequente na fecundidade diminui a taxa de dependência. A oferta de trabalho per capita aumenta com a chegada da grande coorte do baby boom à idade de trabalhar e com o aumento da participação feminina na força de trabalho tipicamente associado à queda da fecundidade. A grande coorte do baby boom poupa para a aposentadoria, talvez mais do que antes devido à sua maior expectativa de vida, gerando recursos potenciais para o investimento. A perspectiva de uma vida mais longa pode também estimular investimentos em educação.
Mas o potencial deste 'dividendo demográfico' nem sempre é realizado - o crescimento econômico não resulta automaticamente de mudanças na estrutura etária da população. A América Latina tem uma história demográfica similar à do Leste Asiático, mas esta última região experimentou um rápido crescimento enquanto a América Latina estagnou por um longo período.
Sem políticas apropriadas, a oferta extra de trabalho relacionada com o 'dividendo demográfico' pode resultar em desemprego ou subemprego, levando a instabilidade política, taxas elevadas de criminalidade e deterioração do capital social".
18.2.07
Crescimento e dividendo demográfico
David Bloom e David Canning, no artigo citado em uma postagem anterior, descrevem como o crescimento econômico pode se beneficiar do chamado 'dividendo demográfico':